Eusébia Palomino Yenes nasceu em Cantalpino, na província de Salamanca, região oeste da Espanha, no dia 15 de dezembro de 1899.
A família de Agostinho Palomino, autêntico homem de fé, era muito pobre. Em alguns períodos do ano, Eusébia e o pai eram obrigados a pedir esmola nos povoados vizinhos, mas o faziam com uma alegria e uma fé realmente singulares. Naquelas longas caminhadas, Agostinho ensinava o catecismo à filha, ávida de conhecer os mistérios do Senhor. Na família de Eusébia, todos trabalhavam e todos se amavam. Viveu intensamente o dia de sua primeira Comunhão.
Em seguida, foi trabalhar numa família de posses. Não cedeu às tentações da adolescência, pondo sempre em primeiro lugar seu amigo Jesus. Daí passou para Salamanca, primeiro como babá, depois como assistente num internato. Desejava tanto ser religiosa! Um dia, carpindo, encontrou uma medalha de Nossa Senhora Auxiliadora.
Num outro dia, uma amiga misteriosa a conduziu ao oratório das Irmãs, que a convidaram a ficar com elas como ajudante. Estranhamente, a cozinha se tornava meta das educandas, que iam visitar aquela cozinheira ignorante, mas que tinha sempre uma boa palavra para elas.
Chegou a Salamanca a Madre Vigária, que a aceitou entre as postulantes. Eusébia fez o noviciado em Barcelona, edificando as colegas com sua humildade e seu sorriso. Tornando-se Filha de Maria Auxiliadora em 1924, foi enviada a Valverde del Camino com o encargo de cozinheira e ajudante doméstica.
Fazia seus trabalhos ordinários extraordinariamente bem, como queria Dom Bosco. Deus a cobriu de dons. Também ali as meninas começaram a se aproximar dela, atraídas pelo seu fascínio espiritual. Trabalhou no oratório. Seminaristas, adultos e sacerdotes lhe pediam conselho, atraídos pelo seu espírito de oração e de fé convicta e convincente. Propagou a devoção às Santas Chagas de Cristo e a assim dita “escravidão mariana” de São Luís M. Grignion de Montfort. Contam-se muitos fatos extraordinários em sua vida.
Como Dom Bosco, recebeu de Deus o dom da profecia. Predisse a guerra civil espanhola e se ofereceu como vítima pela Espanha. Começou a sentir-se mal. Sua diretora, Irmã Carmen Moreno – depois, mártir e bem-aventurada, conforme Irmã Eusébia lhe profetizara –, a atendia, ao mesmo tempo em que recolhia seus pensamentos. Antes de morrer teve momentos de êxtase e visões. Foi para Deus no dia 10 de fevereiro de 1935. Seu corpo repousa em Valverde del Calmino.